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Solidariedade e Comunidade- Programa Conexão Social

O senso de comunidade é um dos maiores pilares do que representa a sociedade e nós, como seres sociais, dependemos da colaboração e solidariedade. Neste episódio de Conexão Social apresentamos histórias de como instituições, organizações e pessoas podem ajudar, com seus relatos, a trazer uma São Borja melhor!

O produto foi desenvolvido para a disciplina de Radiojornalismo II sob a supervisão do professor Alexandre Augusti e produção dos discentes Bianca Bichet, Bruno Rocha, Gabriela Molina, Maria Eduarda Cogo e Nathalia Uryu.

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Informações importantes sobre a sociedade brasileira- Programa Uni Informa

O programa Uni Informa, tem como objetivo informar o público sobre temas importantes para a sociedade brasileira. O programa conta com diversas pautas, como: o retorno no fluxo do bairro do passo, repúblicas estudantis e campanha do agasalho em São Borja.

O produto foi desenvolvido para o componente curricular de Radiojornalismo II, com a supervisão do professor Alexandre Augusti e produção dos discentes, Ana Beatriz Sanas, Jaime Magueta, Jardel Tavares e Marlon Zucco.

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Projetos, ações e eventos no campus São Borja-Programa Unipampa Interativa

A primeira edição do Unipampa Interativa, apresenta os projetos, ações e eventos realizados no Campus São Borja. Tem como principal intuito informar e engajar os alunos nas atividades propostas pela universidade.

O produto foi desenvolvido para o componente curricular de Radiojornalismo II, com a supervisão do professor Alexandre Augusti, apoio técnico de João Batista e produção dos discentes Bruna Pelisari, Gustavo Caetano, Iasmin Moura, João Gabriel Rangon e Thamires Almeida.

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Centro de Oncologia de São Borja contribui para o bem-estar dos pacientes

Ainda em desenvolvimento, alguns tratamentos seguem sendo realizados em municípios vizinhos

Por Ana Isabel da Silva, Julianny Cardoso, Maria Fleck, Mariana Diel e Tuãne Araújo.

A fachada do Centro de Oncologia Fundação Ivan Goulart. Créditos: Deco Almeida

O Centro de Oncologia de São Borja é referência em tratamentos com quimioterapia e hormonioterapia, proporcionando esperança e cuidado a aqueles que buscam. No entanto, ainda tem limitações para o atendimento das demandas de tratamento existentes na cidade, o que segue obrigando muitos pacientes a realizarem tais tratamentos em cidades próximas. 

O médico oncologista responsável pelo Centro, Tiago Camícia, explica que, apesar dos serviços prestados, o município não consegue fornecer os diferentes tratamentos que são requisitados, por conta da estrutura e equipe necessárias para o atendimento. “Quando o paciente precisa de radioterapia ou algum outro serviço que não temos, então esses pacientes ainda são encaminhados para Ijuí, ou até mesmo para outras cidades, dependendo da referência”, explica. “O tratamento com quimio e radioterapia é acessível e tem excelentes resultados. Só não conseguimos fazer aqui, porque a radioterapia envolve uma outra estrutura. Envolve um grande número de profissionais que a gente não tem habilitação.”

Até 2021, um cidadão são-borjense, caso descobrisse um câncer, precisava se deslocar até outro município, como Uruguaiana ou Ijuí, para conseguir realizar o tratamento. Com a criação do Centro de Oncologia da Fundação Ivan Goulart (ONCO), inaugurado em junho de 2015, São Borja passou a oferecer tratamentos oncológicos. Desenvolvido com o objetivo de oferecer um atendimento humanizado aos pacientes, o ONCO só foi habilitado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimentos de pacientes oncológicos em outubro de 2021, passando, assim, a fornecer os tratamentos para a população da cidade, como também de Garruchos, Maçambará e região. 

Antes da instalação do ONCO na cidade e da habilitação por parte do SUS, os pacientes que passaram por tratamentos de quimioterapia precisavam ser deslocados aos centros da região. A agente de saúde, Solange Benites, realizou todo o seu tratamento de quimioterapia, em 2013, no Centro de Oncologia da Santa Casa de Uruguaiana. A paciente conta que as viagens são cansativas, estressantes e desconfortáveis aos pacientes e que, por esses motivos, teve um momento, durante o tratamento, que pensou em desistir, por causa das viagens. “Uma semana antes, eu começava a sofrer. “Tal dia eu tenho que fazer quimioterapia”. Desde então, um ou dois/três dias antes, eu já começava a comer menos, a me cuidar, porque sabia que teria problemas de rejeição com a comida, a água, com tudo”, relembra Solange. 

Burocracia tornou demorada a abertura do ONCO

Para a implementação do ONCO na comunidade local, foi necessário um longo período de burocracias, como a aprovação no setor financeiro do Ministério da Saúde e a aprovação da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), também do Ministério da Saúde. Hoje, o prefeito em exercício de São Borja, Eduardo Bonotto, destaca que a aprovação junto ao SUS é uma conquista para o município. “É um ganho muito grande para a comunidade são-borjense, o avanço por parte do hospital – que é uma instituição filantrópica e para nossos pacientes de oncologia e, especificamente, de quimioterapia, que antes se deslocavam a outras cidades para fazer esse tratamento”, afirma Bonotto.

Para se ter direito aos tratamentos oferecidos pelo ONCO, é necessário procurar, em primeiro lugar, pela Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima a sua casa. O encaminhamento é feito após a avaliação e confirmação da necessidade de tratamento oncológico pelo médico da Unidade de Saúde.

A estrutura do Centro de Oncologia de São Borja. Créditos: Página Tiago Camicia.

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Produção Multiplataforma em Jornalismo II São Borja

Retomada da Semana Farroupilha e Fenaoeste é confirmada para 2022 e já está em planejamento

Setores beneficiados comemoram a realização dos eventos e esperam grande adesão do público

Programação alusiva em comemoração a Semana Farroupilha realizada em 2021. Reprodução: Prefeitura de São Borja

Durante os anos de 2020 e 2021, o setor cultural foi um dos mais prejudicados pela crise sanitária de covid-19. A pandemia de coronavírus levou ao cancelamento de shows e apresentações, fechamento de espaços culturais e houve uma grande retração dos empregos da área devido ao isolamento social, prejudicando a renda de diversos lares brasileiros. Na cidade de São Borja – RS, o cenário não foi diferente. A cidade, que é conhecida como a capital do fandango, precisou frear não só as comemorações tradicionais da Semana Farroupilha, muito conhecidas por todo o estado do Rio Grande do Sul, mas todos os tipos de eventos culturais que ocorrem na cidade, em respeito às diretrizes sanitárias impostas na época. 

A secretária de cultura, Vania Cardoso, comenta que o impacto no setor cultural na cidade foi grande e que, apesar de a Secretaria de Cultura buscar promover os eventos online durante a pandemia, muitos artistas da cidade perderam suas rendas durante o período de isolamento. Assim que os protocolos sanitários permitiram a retomada dos eventos presenciais, a Secretaria iniciou o planejamento para a retomada das atividades que outrora eram comuns em São Borja. Durante o primeiro semestre de 2022, começaram os planejamentos para a retomada de festividades como o carnaval, Semana Farroupilha e Fenaoeste. Os museus da cidade também reabriram para visitação. Durante a pandemia, haviam ficado mais restritas.

Semana Farroupilha

A cidade conhecida como Capital Gaúcha do Fandango precisou frear, nos últimos dois anos, as atividades que lhe garantiram esse título. São Borja, assim como o resto do país e do mundo, precisou se adequar às normas sanitárias durante os momentos mais graves da pandemia de coronavírus e cancelar os eventos culturais na cidade. A Semana Farroupilha, um dos eventos mais importantes do estado e um dos que atrai mais turistas a São Borja, não ocorreu no ano de 2020 e foi realizada de forma mais contida em 2021. 

A patroa do piquete feminino Espora Floreada, Tamisse Jacques, conta como foram os dois anos de restrição dos festejos por causa da pandemia. “No ano de 2020, pela quantidade de casos e por cuidado às nossas famílias, não fizemos nenhum tipo de confraternização, foi uma Semana Farroupilha cinza para todas. Em 2021, cheias de saudades das nossas festividades, nos reunimos e entramos em consenso de fazer duas noites que não foram abertas ao público, somente com os familiares das componentes e amigos próximos, com todos os cuidados que se demandavam”.

A secretária de cultura, Vania Cardoso, conta que este ano haverá uma grande comemoração farroupilha. “Teremos uma grande Semana Farroupilha, com desfile, inclusive, previsto para o dia 20 (de setembro). O dia 13 de setembro é abertura oficial da Semana Farroupilha, com a distribuição da centelha da chama crioula para todos os piquetes e entidades tradicionalistas”, comenta a secretária. Vania ainda explica que já ocorreram reuniões com as entidades tradicionalistas e piquetes de São Borja, para definir os eventos que acontecerão na semana comemorativa. Segundo ela, a Prefeitura da cidade fará uma programação que se estenderá das 9h às 15h, na Praça XV, com oficinas tradicionais gaúchas e apresentações artísticas. 

Fenaoeste

Em 2022, a feira do agronegócio em São Borja (Fenaoeste) completa 50 anos de existência e o ano será marcado pela comemoração do aniversário. 

O presidente do sindicato rural de São Borja, Tomaz Olea, que é responsável pela organização do evento, comenta que houve um grande impacto na cidade nos últimos dois anos sem a feira. “O impacto econômico foi a diminuição de recursos para o Sindicato Rural. Também não houve divulgação das empresas que sempre participam da feira. Temos, também, o impacto social e cultural, pois não houve apresentações artísticas e o harmônico convívio do público, que sempre prestigiou o evento”, explica Olea.

O presidente do sindicato acredita que a feira é relevante pela cidade por difundir e promover o negócio local. “Considero o evento de extrema importância, não só para São Borja, mas para toda a região, tanto é assim, que estamos comemorando os 50 anos de feira em 2022. Considerando que, além da parte de shows, há, também, a venda de animais, leilões, palestras que difundem tecnologia e resultado de pesquisas. Além, é claro, da venda de produtos artesanais, produtos da agricultura familiar, venda de automóveis e provas equestres”, observa. Apesar de ser considerado por muitos moradores da cidade como um evento cultural, a Fenaoeste também agrega ao setor do agronegócio da região da fronteira oeste do estado.

O feirante Vilson Antônio, que exerce a profissão há 35 anos, conta que a Fenaoeste já faz parte de sua vida. “Essa feira, para mim, é muito importante. Ela já faz parte da minha vida, pois participo há muitos anos. Esses dois últimos anos foram muito ruins. Fiquei parado, só vendendo o que tinha”, comenta Vilson. O evento está previsto para acontecer entre os dias 9 e 16 de novembro, contando com três dias de shows com artistas nacionais. Em comemoração aos 50 anos do evento, também será lançado um livro contando a história da feira e do setor agropecuário da cidade.

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Educação e Cultura- Programa Lança Nativa

O programa irá abordar temas como as dificuldades enfrentadas na volta do ensino presencial; A saúde mental dos alunos após a pandemia; As festividades da semana farroupilha; E a experiência de ser um artista independente em São Borja, contando com as entrevistas de dois artistas da região, Flora e Lucius Morais.

O produto foi desenvolvido para o componente curricular de Radiojornalismo II, com a supervisão do professor Alexandre Augusti e produção dos discentes Andriel Ferreira, Arthur Gemelli, Caroline Menegassi, Diogo Trindade e Luciane Mancilia.

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Covid longa: “Sequelas causadas pós contaminação”

Reportagem: Pâmela de Lima e Isis Ferreira

Arte: Pâmela de Lima

A Covid longa, também conhecida como síndrome pós-covid, afeta pessoas que foram contaminadas pelo vírus SARS-CoV 2, que causa a Covid-19. A condição foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio de um estudo publicado em 6 de outubro de 2021. As sequelas dessa doença podem causar consequências e complicações em um longo prazo e por resultado sendo necessário tratamentos especializados para cada situação.

Segundo estudo espanhol, apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e doenças Infecciosas, a Covid longa pode estar ligada ao efeito do novo coronavírus, do nervo vago, um dos nervos mais importantes do corpo, atingindo um em cada dez infectados e causando danos como: problemas cerebrais, vasculares e no sistema imunológico. Os danos mais comuns costumam ser, dores no corpo, tontura, insônia, depressão, perda de memória, cansaço e fadiga. Mais de 500 sintomas já foram associados à Covid longa. 

Sintomas mais frequentes de Covid longa

  • Fadiga;
  • Dificuldade de locomoção;
  • Falta de ar;
  • Perda de memória;
  • Dificuldade de concentração;
  • Ansiedade;
  • Insônia;
  • Desconforto gastrointestinal;
  • Perda de olfato e paladar;
  • Queda de cabelo;
  • Dores de cabeça.

A vacinação é demasiado importante para a diminuição dos casos de Covid-19 e também eficaz para a suavização dos efeitos causados pela doença em pessoas que acabam sendo contaminadas. 

As principais sequelas causadas após Covid são pulmonares, principalmente por aqueles pacientes que tiveram covid pulmonar, precisando serem internados e intubados, podendo apresentar a diminuição da capacidade respiratória. Além disso, também pode afetar o sistema cardiovascular e o nervoso, ocasionando sequelas cardíacas e neurológicas em decorrência de coágulos-inflamação. Essa inflamação causada por Covid-19, acarreta em fenômenos tromboembólicos, que é quando o sangue coagula. 

Ainda não há uma conclusão sobre o que causa a Covid longa, mas existem algumas suposições, uma delas é que a infecção inicial faz com que o sistema imunológico fique sobrecarregado e acaba afetando os tecidos do seu próprio corpo. Outra possibilidade é que o vírus danifica as células causando sintomas que perduraram por um longo tempo. Os cientistas também sugerem que o vírus prejudicam os vasos sanguíneos, logrando ser um dos fatores de problemas cardíacos e pulmonares. Mas a teoria mais simples é que alguns resquícios do vírus permanecem no corpo e aparecem depois de um tempo.

O Ministério da Saúde no Brasil, calcula que cerca de 10 milhões de pessoas já apresentaram os sintomas da Covid longa, mas não existe nenhum dado concreto que apresente a quantidade exata de indivíduos afetados. Além disso, essas estatísticas podem mudar, conforme mais dados forem coletados. 

No Rio Grande do Sul foram registrados, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, cerca de 2.585.328 milhões pessoas contaminadas por Covid-19, até o dia 11 de julho de 2022. Levando em consideração o índice de que 40% das pessoas contaminadas por Covid-19 têm a chance de ter covid de forma prolongada, cerca de 1.034.131,2 milhões de pessoas apresentam os sintomas no RS. 

Arte: Pâmela de Lima
Imagem: Isis Ferreira

A médica Juliana Froiz, que atuou na linha de frente da Covid-19 e atua em casos de Covid longa no município de São Borja, no Rio Grande do Sul, relata que os sintomas mais frequentes que presenciou nos atendimentos nos últimos anos foram: “fadiga, o cansaço, a dor muscular muito exacerbada para as atividades diárias, tosse persistente, falta de ar, as dores de cabeça que são as cefaléias, a ansiedade, a insônia e as alterações na memória como o esquecimento e a queda de cabelo”. 

A médica também destaca que existem outros sintomas, que são menos frequentes, mas que já atendeu em tratamento pós-covid, que são os casos de palpitações, dores no peito, problemas cardiovasculares como AVC e trombose.

Os tratamentos variam de acordo com os sintomas e quadros médicos de cada paciente. Geralmente as pessoas afetadas passam por fisioterapia respiratória e motora, suplementação de algumas vitaminas, colágenos e proteínas podem ajudar a melhorar a saúde muscular e também são capazes de fazer parte dos tratamentos. Sinais como a cefaléia (dor de cabeça), devem ser analisados e cada um deles tem um tratamento diferente. Muitas vezes é necessário atendimento de uma equipe multidisciplinar como psicólogas, fonoaudiólogas, fisioterapeutas, cardiologistas e pneumologistas.

Ao ser questionada sobre a permanência dos sintomas, a médica destaca que “como é uma doença nova e nós não temos todas as respostas, isso está sendo acompanhado a longo prazo. O que vemos é que a maioria dos pacientes acaba revertendo quase todos os sintomas e alguns permanecem com poucos sintomas, mas depende muito de como abordou, de qual a gravidade, de como o paciente fez as terapias, de quanto tempo levou para iniciar o diagnóstico da covid prolongada e também de fisioterapia e de quais são as medidas que a pessoa vai levar para a vida a partir desse Covid”.

A fisioterapia é essencial para o tratamento de pessoas com covid-19 e após Covid, principalmente nos casos de insuficiência respiratória, que é quando a pessoa precisa de ventilação não invasiva ou por aparelhos. Os medicamentos utilizados nos casos mais graves de Covid podem acabar agindo como bloqueadores neuromusculares e a utilização de corticoides em excesso, por exemplo, também pode causar alterações da função muscular, óssea e articular. Nesses casos, a fisioterapia tem o papel de ajudar os pacientes a voltarem a respirar normalmente, sem a utilização de aparelhos, além de ajudar a curar outros sintomas, como perda de memória e de olfato. 

De acordo com a fisioterapeuta Mônica Bonfiglio, “as pessoas que mais procuram a fisioterapia após a contaminação por covid-19 são aquelas que ficaram com sequelas como, cansaço, dor muscular e dificuldade respiratória. Esses são os sintomas mais predominantes e que podem persistir ou até mesmo meses após a pessoa ter sido contaminada pela doença”, pondera Mônica. 

A fisioterapeuta comenta também que o tratamento fisioterapêutico depende muito do comprometimento de cada paciente, da assiduidade nas sessões, da realização dos exercícios que são passados para serem realizados nos dias que não tem a fisioterapia. Normalmente, iniciamos o tratamento com 10 sessões, após isso é feita uma reavaliação e, se necessário, são feitas mais 10 sessões. Estipular um tempo nem sempre é a melhor forma, pois cria uma expectativa na pessoa e às vezes é preciso de um tratamento prolongado.

O sistema respiratório é o mais delicado para ser tratado, os pacientes que tiveram a hospitalização prolongada com ou sem a ventilação mecânica que é a intubação, podem ter complicações na condição pulmonar e é importante que o tratamento fisioterapêutico seja iniciado ainda no leito e continue após a alta hospitalar. O grau de comprometimento na condição pulmonar possibilita gerar um atraso na reabilitação física, destaca Mônica.

A Covid longa tende a deixar sequelas em vários órgãos do corpo, tanto permanente quanto temporária, os sistemas mais afetados são o sistema neurológico, metabólico, cardíaco e o renal. Algumas sequelas dentro desses sistemas são a perda do olfato, do paladar, a perda da memória, a perturbação do sono, depressão, dificuldade de retorno ao convívio social e para os pacientes que ficaram entubados a rouquidão é muito comum. Todas as sequelas devem ser atendidas durante a internação juntamente com a equipe multidisciplinar.

Os atendimentos pós covid são feitos tanto pelo SUS, quanto em clínicas particulares. Aos que precisam de atendimento pelo SUS, basta entrar em contato com os serviços públicos de atendimento à saúde nos municípios para que sejam encaminhados para os profissionais especializados. 

Atividades Físicas são aliadas no tratamento de Covid longa

A prática de atividades físicas pode se tornar aliada no tratamento em casos de Covid longa. Os exercícios ajudam no tratamento de diversas sequelas, pois melhoram a capacidade funcional, diminuem a inflamação dos vasos, controlam a pressão arterial e a glicose, aumentam a massa muscular e baixam o risco de mortalidade quando feito rotineiramente. A recomendação é que sempre comece a praticar exercícios de forma moderada, privilegiando momentos de descanso e optando sempre por atividades físicas de resistência e aeróbicas. Mas ter um acompanhamento médico é sempre importante, pois, o médico saberá o momento certo para começar a prática da atividade dependendo da gravidade da situação do paciente. 

Ilustração: reprodução internet

Além do acompanhamento médico é importante que se tenha orientação com um educador físico. Conversamos com Hugo Chimenes, educador físico e personal trainer, pós-graduado em Fisiologia do Exercício que destaca a importância da prática de exercícios físicos para a prevenção e a recuperação de Covid longa: “A atividade física melhora a resistência cardio-respiratória, cardiovascular, além de dar força muscular ou resistência, equilíbrio, coordenação motora e ganho de massa magra”.

Quando praticamos exercícios físicos liberamos endorfina que é um hormônio produzido pela glândula hipófise e ocorre após a prática de atividades físicas, trazendo uma série de benefícios para o corpo e para a mente. 

Segundo Chimenes, a prática de exercícios físicos deve ser contínua e não apenas por pessoas que tiveram Covid, mas sim para a população em geral. O educador físico explica que existem evidências que pessoas que foram contaminadas pelo coronavírus e praticavam exercícios regularmente enfrentaram com mais tranquilidade o vírus em comparação àquelas sedentárias. Então, reitera que “o maior índice de mortandade de pessoas com comorbidades são as que não praticam nenhum tipo de atividade física. A atividade física é excelente para todos. Atividade física é saúde e qualidade de vida”, afirma Hugo.

Entre as recomendações do educador físico, estão três atividades que considera eficazes para a recuperação e para uma melhor qualidade de vida: musculação, pilates e fisioterapia. 

O retorno às atividades físicas deve acontecer de forma gradual. Conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas pratiquem em torno de 150 minutos de exercícios aeróbicos por semana, correr, nadar, pedalar, contribuem especialmente no aparelho respiratório que é o mais atingido durante a Covid, além da musculação, que traz resistência. Fazer exercícios aquece os músculos, ajuda no fortalecimento e diminuindo as dores.

A prática contínua de atividades físicas tem relação direta com a imunidade, quando praticada da forma correta. Uma vez que seja praticada exageradamente é capaz de causar efeitos contrários e ao invés de ser aliada ao tratamento consegue ser um fator negativo. Por isso, é importante que se tenha um acompanhamento médico ou de um educador físico. Uma pessoa que se mantém ativa e com uma boa alimentação diminui os riscos de ter sintomas pós Covid. 

Confira nosso podcast:

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Cultura e história de São Borja – Programa Conexão Cultural

São Borja pode ser uma cidade pequena na fronteira do Rio Grande do Sul, mas essa pequena cidade tem um alto valor histórico e cultural. Capital dos Fandangos a Cidade dos Presidentes, ela possui títulos inigualáveis e neste episódio de Conexão Cultural apresentaremos um pouco da história e cultura dessa importante cidade gaúcha!

O produto foi desenvolvido para o componente de Radiojornalismo II, com a supervisão do professor Alexandre Augusti e produção dos discentes Bianca Bichet, Bruno Rocha, Gabriela Molina, Maria Eduarda Cogo e Nathalia Uryu.

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Desigualdades sociais para além das salas de aulas  

Você sabe quais são os desafios encontrados na educação brasileira?

Por Bianca Bichet e Kimberlin Valério 

Apresentação e edição: Kimberlin Valério 

Roteiro: Kimberlin Valério e Bianca Bichet 

Agora que você compreendeu como está organizada a educação no Brasil, vamos saber mais sobre as dificuldades encontradas na educação básica? 

Os dados sobre evasão escolar no nosso país são preocupantes, isso porque diversas crianças e adolescentes vêm abandonando os estudos por diversos motivos, mas entre eles está principalmente a situação socioeconômica. E quem vai nos contar mais sobre como esse fator vem afetando o ensino na educação básica, ao longo dessa reportagem, é o filósofo e professor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Evandro Guindani.

Através do Censo Escolar da Educação Básica, que tem como objetivo a coleta de informações da educação básica e a mais importante pesquisa estatística educacional brasileira, em 2021, houve cerca de 627 mil matrículas a menos em comparação com o ano de 2020, o que corresponde a uma redução de 1,3% no período. Entre os anos de 2021 e 2019 a rede privada teve uma redução de 10%. No mesmo período, a rede pública teve uma redução de 0,5%.

A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO INFANTIL E EVASÃO ESCOLAR


A pandemia de COVID19 agravou a condição de pobreza de muitas famílias e a grande preocupação é colocar comida na mesa. Crianças e adolescentes passaram a trabalhar para ajudar a renda da família, ou muitas vezes, serem os provedores da casa.

Com a pandemia, em 2020, cerca de 6,2% das crianças e adolescentes de 6 a 17 anos se afastaram das escolas no Rio Grande do Sul, de acordo com estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC). De acordo com os dados, em números absolutos, significa que mais de 108,1 mil gaúchos não tiveram direito à educação, fazendo o Rio Grande do Sul registrar um percentual alto de evasão, o que não acontecia desde 2012. Além disso, o estado apresenta retrocesso nos resultados de índices da educação.

Fonte: IBGE

No Brasil, é considerado trabalho infantil aquele realizado por crianças ou adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos, com exceção da condição de jovem aprendiz, quando a idade mínima permitida passa a ser de 14 (catorze) anos e o contrato de trabalho é feito por escrito e com prazo que não passe de 2 (dois) anos, de acordo com a Lei 10.097/2000.

SITUAÇÃO SOCIOECONÔMICA ATRAPALHA O DESENVOLVIMENTO ESCOLAR

Uma pesquisa desenvolvida no município de São Borja, pelo professor da Unipampa,  Evandro Guindani, analisou os indicadores educacionais, de aprovação,  de abandono (evasão escolar) e indicadores de distorção das séries, ou seja, quando a criança está fora da sua idade escolar, considerada a média pelo MEC. Na pesquisa foi identificado que escolas da região central da cidade possuem índices educacionais melhores do que escolas da periferia.

“Fizemos uma pesquisa com as escolas municipais de São Borja, que identifica que todas as escolas recebem a mesma verba, inclusive compartilham professores, os professores circulam entre as escolas. E aí você tem escolas com taxas de aprovação muito elevadas, índices de abandono muito baixo e são escolas da região central da cidade”, nos conta Evandro.

Imagem: Unipampa

Escolas mais periféricas possuem um menor IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), maior índice de abandono e maior taxa de reprovação, revelando que não é somente a escola que pode melhorar o índice educativo, mas que o perfil do seu aluno conta muito para uma melhoria educacional e desenvolvimento escolar.

O titular da pasta na Secretaria Municipal de Educação de São Borja (SMED), João Carlos Reolon, concorda que a situação socioeconômica é um dos maiores fatores que levam à evasão escolar no município, e ainda ressalta que essa é uma preocupação um tanto quanto acentuada, “nós temos uma população estudantil carente, às vezes se percebe que a própria família não vê na educação uma esperança para o seu filho. Então essa situação econômica de dificuldade, aliada a uma certa indiferença da família, elas duas juntas somam fatores mais do que suficientes para que ali na frente o aluno desista”, comenta João Carlos. 

ESCOLAS PÚBLICAS DE SÃO BORJA ENFRENTAM DIFICULDADES 

Imagem: Bianca Bichet 

Escolas antigas, prédios não conservados e escassez de recursos estão levando a comunidade escolar às ruas pedir socorro. Os problemas de infraestrutura na educação são notórios, como é o caso do Colégio Estadual Getúlio Vargas, que por conta da falta de energia elétrica em época de aulas, foi motivo de um protesto composto por alunos, professores e responsáveis. A escola também possui problemas no telhado, que estão se agravando desde o ano passado. 

O estudante, de 18 anos, Filipe Dias, de 18 anos, que está no terceiro ano do ensino médio, conta que não participou do protesto por causa de aulas extracurriculares, mas seus pais participaram. E, de acordo com Filipe, os problemas na rede elétrica ocorrem pelo equipamento e fiação serem muito antigos. Além disso, a escola tem quase 110 anos, e com o tempo as instalações elétricas acabaram deixando a rede fraca. A solicitação de manutenção da rede elétrica  já havia sido pedido à Secretaria Estadual da Educação (SEE)  há algum tempo, não sendo atendida.

Após o retorno das aulas presenciais, a estrutura começou a  apresentar vários problemas, como algumas salas de aulas interditadas e outras impossibilitadas de ocorrerem aulas em dias de chuva. O aluno afirma também que, os problemas vinham acontecendo antes mesmo da pandemia, relembrando que quando ligavam os ar-condicionados, em 2018 e 2019, a chave de luz da escola caia e eram proibidos de ligar novamente. 

“Além da rede elétrica, a estrutura do prédio está bem precária, e em algumas salas de aula chovem como se tu estivesse na rua”, afirma Filipe.

Por se tratar da rede estadual, João Carlos Reolon, titular da pasta na SMED, não tem muitos detalhes sobre o caso, mas analisa a situação como algo muito impactante para a cidade. Além disso, relembra como algo que já aconteceu com a rede municipal: “o professor planeja, se organiza, se prepara para dar aula e de repente se vê impedido de fazer isso. Os pais também que aguardam ansiosamente pelo crescimento da aprendizagem do filho e de repente se vê impedido. Então se cria um cenário de muitas incertezas. Imagino que o quadro seja de bastantes dificuldades”, afirma ele.

Imagem: Globoplay

Apesar de Filipe já ter pensado em mudar de escola por conta dos problemas estruturais e as dificuldades de aprendizado em algumas ocasiões, nos conta que o vínculo com a escola, professores e todas as pessoas do Colégio Getúlio Vargas, o faz ficar. “São 10 anos que estudo na escola e criei um carinho, então eu até tento, mas não consigo. Acaba sendo uma família pra mim”. O aluno diz que a escola já está tendo aulas normais, mas algumas turmas da tarde ainda estão tendo aulas remotas por conta dos reparos na rede elétrica. 

A equipe da i4 Plataforma de Notícias tentou entrar em contato com a direção da escola e com alguns professores, mas não obtivemos retorno. 

NA REDE MUNICIPAL A PREOCUPAÇÃO É COM OS PROFESSORES

Imagem: Bianca Bichet 

A rede pública municipal de São Borja conta com 30 escolas, sendo 19 de Ensino Fundamental e 11 de Ensino Infantil. Na área urbana, são 11 escolas, e na zona rural são 8. Das 19 escolas do fundamental, 11 são de ensino  infantil.

O secretário da SMED, João Carlos Reolon, afirma que não costuma faltar professores nas aulas, e o que existe às vezes, é um quadro vulnerável, onde professores se aposentam a todo momento, ou então, situações de licença, como maternidade e afastamento por doenças. Então, isto requer da secretaria ter sempre um mecanismo próprio de colocar professor para suprir esta lacuna. Apesar da secretaria sempre tentar manter essa reserva de professores para uma nomeação imediata, e atualmente contar com 538 professores, a falta de professores acontece.

Já no ensino privado, há apenas uma escola de ensino fundamental e cinco de educação infantil, chamadas como as antigas creches.

Na busca pelos alunos

A SMED, em São Borja, tem ferramentas para evitar a evasão escolar e recuperar alunos do ensino básico, como o Busca Ativa, uma parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e a Secretaria Municipal da Saúde. Segundo o secretário da SMED, João Carlos, “todos os orientadores das nossas escolas, a equipe diretiva e os professores, atuam na causa, levando os casos para o setor pedagógico das secretarias, com o intuito de identificar aquele aluno que por um motivo ou outro acaba não indo na escola, e assim fazer o estudante voltar para as atividades escolares”. 

A Busca Ativa Escolar é uma estratégia disponibilizada para estados e municípios, foi desenvolvida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Mestre e Doutora em Educação, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e autora do livro A Política de Financiamento da Educação Básica, : Rumos da Legislação Brasil, Nalú Farenzena, destaca a importância que tem a Busca Ativa, que envolve uma ação intersetorial, podendo envolver instâncias da assistência social, pois para esse retorno à escola ou regularização da frequência, é preciso um trabalho intersetorial, da escola junto com as instâncias da educação e outras. Mas Nalú alerta para um outro aspecto, que é a importância de manter permanentemente um debate sobre os motivos do abandono e da evasão escolar, porque existem causas além destas fora da escola. Existem causas externas sim, uma das principais é a pobreza, que leva a determinadas condições, como cuidar do irmão mais novo para a mãe trabalhar, ou até mesmo trabalhar para ajudar no sustento da casa… Mas, a escola pode também se perguntar sobre as condições internas da própria escola, da sua organização, da sua proposta pedagógica, onde às vezes esses fatores podem ser dinamizadores da exclusão escolar, alerta a pesquisadora. 

“Eu acho que tem que ver o fenômeno do abandono e da evasão, olhando tanto fora dos muros da escola, quanto dentro. Eu digo que tem que avaliar isso, que eu vejo isso como uma discussão permanente no ambiente escolar para poder desenvolver ações para interferir no fenômeno, agora a gente está com uma situação de aumento desses índices de abandono e evasão, em função da pandemia, do aumento do desemprego e da pobreza — mesmo que esse contexto já houvesse antes. É preciso pesar, medir, procurar e avaliar o que são causas externas e o que são causas internas, e isso precisa ser tratado no seu conjunto.”, afirma Nalú.

FONTES: 

AgênciaBrasil 

Cartilha Novo Fundeb 

Censo Escolar 2021 

CNN Brasil 

G1

gov.br 

IBGE Educa 

Ministério da Educação 

Portal do FNDE 

Secretaria da Educação 

Smartlab 

UFRGS 

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A Feirinha da Unipampa está de volta após ser interrompida por causa da pandemia

Por Maicon Schlosser

Foto: Maicon Schlosser

A tradicional feira de orgânicos, doces e salgados caseiros da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), campus São Borja, está de volta e ocorrerá todas as terças e quintas, a partir das 14h, no quiosque do campus I. 

O projeto foi criado em 2012, recebendo o nome de “Educação Popular do Campo”, pela professora da Unipampa, Merli Leal Silva, em parceria com famílias de assentamentos do interior do município. As famílias cultivam verduras e hortaliças de maneira totalmente orgânica, além de produzirem salgados e doces caseiros, que são vendidos na feirinha, que embora ocorra dentro da Universidade, também é aberta para a comunidade local. Em 2020, o projeto acabou integrando o Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEA) e foi contemplado com auxílio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A feira não ocorria desde o fim de 2019, em decorrência da pandemia de Covid-19, que interrompeu as atividades acadêmicas presenciais e impôs diversos desafios às famílias do assentamento. “Foi difícil para a gente, mas graças a Deus passou e estamos de volta”, conta Ivani Dobler de Lima, moradora do assentamento Cristo Redentor e que participa da iniciativa desde seu começo. Conhecida pela venda de verduras e hortaliças, Ivani diz que além de conseguir aumentar sua renda com as vendas feitas na feira, também aprendeu muito com os alunos durante todos os anos que participou do projeto, que proporciona a ela a oportunidade de sair de casa, no interior, e vir para a cidade, conhecer e interagir com pessoas novas.

Já Fernanda Lima da Silva, também moradora do assentamento Cristo Redentor, participa do projeto desde 2017, vendendo cucas, doces e salgados, e se diz feliz com o retorno, mas também se mostra um tanto receosa: “Temos que ver como vai ser, se vamos conseguir tirar tudo que investimos”, diz ela, que apesar disso, se mostrou contente com as vendas da quinta-feira (14/07), que mesmo com tempo nublado e chuvoso, atraiu um bom número de compradores. Fernanda relata que esse é um momento de testar, para saber o que mais vende e assim organizar a produção para evitar desperdícios: “Na terça-feira saiu bastante enroladinho, cueca virada, pão de queijo e bolo de milho”.

Foto: Maicon Schlosser

Uma das novidades do retorno da feira é que além do pagamento em dinheiro, que era a forma padrão em anos anteriores, agora também é possível efetuar a compra com PIX. “O que é muito melhor, porque antigamente não tínhamos como aceitar pagamento em cartão, pois não tínhamos a máquina”, explica Fernanda.

Ivani ressalta que todas as verduras são orgânicas, sem nenhum uso de agrotóxico, ou veneno, o que ocasiona um cultivo mais demorado. Porém, o resultado final vale a pena: “Essas têm sabor”, afirma ela, que ressalta que ao comprar em supermercados, não há como saber que tipo de agrotóxicos foram usados, além de o sabor não se comparar a uma verdura ou legume que foi plantado de maneira orgânica. 

Merli, a professora idealizadora do projeto, diz que a ideia é gerar renda aos assentamentos e para as famílias chefiadas por mulheres. Além disso, ressalta a importância da feira, ao contribuir com a comunidade e aprender com ela: “Para os alunos é uma experiência linda ir para o campo, vivenciar a realidade e usar o conhecimento da sala de aula para agregar valor aos produtos das agricultoras”. A expectativa para o retorno, segundo ela, é conseguir apoio externo dos órgãos públicos e assim garantir que o projeto se perpetue.