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AMÉRICA LATINA E LÉO GERCHMANN: EXPERIÊNCIAS E ATUALIDADES

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Jornalista Léo Gerchmann no painel Zero Hora “A América Latina na Pauta Jornalística”, na Unipampa Campus São Borja, pelo projeto ZH na Faculdade.

Por Karine Bianchin

Trocas de experiências, debates e até mesmo jogo de opinião movimentaram o V Seminário de Atualidades em Jornalismo. Na última quarta-feira, o bate-papo com o repórter Léo Gerchmann, da Zero Hora, trouxe a “América Latina na Pauta Jornalística” para dentro da Unipampa através do Projeto ZH na Faculdade. A proposta oferece aos acadêmicos de jornalismo novos panoramas sobre o mercado de trabalho, os desafios e as adversidades encontradas no cenário atual, com base nos depoimentos de profissionais da área. O evento contou com aproximadamente 70 participantes entre alunos e professores.  

Redator, produtor, correspondente internacional, enviado especial, colunista e escritor, Gerchmann carrega em sua bagagem inúmeros relatos de suas experiências, suas transições entre redações, dentro e fora do país, mas principalmente o período de sua vida na América Latina. Foram fatos de sua história como jornalista que Gerchmann iniciou sua fala e conduziu o painel ZH. Entre perguntas e respostas, a conversa ganhou forma e a interação entre o representante do mercado de trabalho e as curiosidades da academia se complementaram.  

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Léo Gerchmann interagindo com os acadêmicos de comunicação, no painel ZH, pelo projeto ZH na Faculdade.

Léo Gerchmann se apresenta como um entusiasta do futuro do jornalismo, vê na profissão uma grande possibilidade de emancipação social. Ele diz que “o futuro da profissão é pelo conteúdo”. Não é somente ter informação, promover a instantaneidade com o uso das redes, se não é possível construir um material completo e confiável. Para se ter um bom produto com credibilidade, é essencial que se tenha qualidade. O convidado ressalta que é necessário pensar na ”questão analítica, interpretativa, são elas que levam a qualidade, pois o jornalismo é contar as coisas com qualidade, não interessa em qual plataforma” argumentou. 

Entre as suas relações pessoais e profissionais no eixo Brasil-Argentina, o jornalista defini sua vinda a São Borja como oportunidade. Além de ressaltar que sentia-se “no lugar certo e na hora certa”, traduz essa expressão por observar no cenário onde a universidade está inserida, um grande potencial de interação binacional. Não só promover a cultura e expandir a região de fronteira, Gerchmann acredita ser necessário “aproveitar essa posição geográfica entre a América espanhola e a América Portuguesa, estamos no centro do cone sul” e isso deve repercutir na nossa cultura. Nesse contexto, completa, ter um polo de comunicação entre fronteiras é estímulo para o contato e a aproximação entre culturas, etnias e conteúdos.

É com o intuito de desenvolver histórias muito bem contadas que o jornalismo se caracteriza como construtor e formador de opinião. Sua função social de se aproximar das comunidades e transmitir a verdade é o que faz desse meio diferente. Levar a informação não é só um direito do cidadão, mas um dever do jornalista entrega-las com exatidão e confiabilidade.